quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Deus não me tirou de ti, nem tua vida.

Desde o dia 16 de Fevereiro de 2007 me faço a mesma pergunta todos os dias.
Pai, porque você fez isso?
Ainda lembro de cada minuto daquela tarde e de cada dor daqueles tempos.
Ver meu pai sentir dor me faz sentir o mesmo, e desde então assim como ele, minha vida não tem mais gosto.
Seu coração ainda pulsa, assim como o meu, pulsa por pulsar, mas sem vontade.
Certa vez fez uma música em minha homenagem, que dizia que eu era a razão da tua vida. Mas um dia eu deixei de ser a filha que transmite amor então jogou tua vida com teu corpo em frente à uma tentativa suicida.
Mas palavras são apenas palavras, diz-se apenas para completar a estrofe, e a filha querida, foi só isso.
Minhas pernas foram tiradas de mim quando a sua foi tirada também, mas com seus passos pesados de ferro e com um sorriso no rosto você me faz viver, por alguns segundos, amar viver.
Mas desde aquele dia eu sou só, só alguém.
Ter você por perto era segurança e hoje tenho medo e coração murcho sempre que te vejo dormir, só dormir. Quase todos os dias eu acho que você pensa não em mim, e isso me faz ser vazia e mesmo com outras pessoas em minha volta, eu só quero o meu pai sorrir.
Não sabe que escrevo, não me lê, mal me vê.
Vejo tuas fotografias sorrindo, espero um dia ver você sorrir de volta.
A vida lhe tirou muita coisa, mas Deus não me tirou de ti, nem tua vida.

domingo, 28 de agosto de 2011

A persistência, o amor, a vida, o orgulho, o meu Pai!

Ontem assistindo Fantástico vi uma reportagem que achei interessante, sobre pré-adolescentes que acham um "mico" a forma que seus pais participam de suas vidas. A reportagem me chamou a atenção e me levou para momentos incríveis e acredito que mais felizes da minha vida.
Eu lembrei de quando meu pai me levava para o colégio, eu nunca senti vergonha, pelo contrário, sempre tive um orgulho imenso por simplesmente ter um pai ao meu lado. E com as lembranças vieram duas em minha mente, uma delas foi quando eu tinha seis anos e olhei na janela da sala de aula, era meu pai me olhando estudar, minha reação foi mostrar para todos meus coleguinhas que meu pai estava lá na escola. E o tempo passou, eu cresci e cheguei na adolescência e com meus quinze anos na sala de aula cheia eu olhei para o corredor e vi meu pai lá, me olhando, sorrindo e assim como quando eu tinha seis anos, eu senti um orgulho imenso e falei alto sem querer "é meu pai" e sai correndo em sua direção.
Meu pai sempre foi meu orgulho, meu exemplo de vida.
O tempo passou, a idade e a vida também. Meu pai teve problemas com trabalho e ficou em depressão, o que o levou à uma tentativa suicida.
No dia dezesseis de Abril de 2007 cheguei em casa e não tive notícias do meu pai, ele havia sumido. Minha mãe disse besteiras e eu fugi, fui caminhar e ao voltar para casa duas amigas me abraçaram e disseram que estavam ao meu lado, minha mãe não estava em casa. Então descobri que meu pai havia se acidentado, tomei um calmante e fui dormir naquela tarde gelada. Ao acordar escutei minha mãe dizer ao meu meio irmão no telefone que meu pai havia tentado suicídio. Foi a pior sensação da minha vida, naquele momento me achei um nada, um ninguém, uma culpada e a pior dor, senti que meu pai não me amava por tentar me deixar. Fiquei revoltada e triste, eu não sabia o que acontecia e então fui vê-lo no dia seguinte, UTI, aparelhos, curativos, pontos. Eu não tinha nenhuma fratura, mas naquele momento eu senti uma dor inexplicável, e então não muito consciente meu pai me pediu desculpas por ter tentado contra sua vida.
Ver meu pai sofrendo ao se esforçar para respirar me fez ter um motivo para viver, não sei ao certo qual motivo, mas sei que aqueles suspiros com dores me faziam tentar viver por ele, por cada suspiro, por nossa família.
Meu pai ficou 43 dias internado, foram dias difíceis. E algum desses quarenta e três dias minha mãe chegou e me abraçou, com a triste novidade que meu pai iria ter que amputar a perna direita. Naquela noite eu briguei com Deus, briguei, contestei, xinguei, sentei no chão e agradeci por meu pai estar vivo.
Eu me senti fraca, mas foi o momento de mais fortaleza que tive, até hoje não sei de onde tirei forças.
Após tantos dias internado meu pai voltou para casa, vi meus tios o carregando cada um segurando um braço do meu pai e a única perna. Naquele momento entendi que humilhações estavam por vir, e vieram, vem e de nada adianta muitas pessoas machucam com gestos e palavras pessoas mais 'fracas'. Mas é claro, não apenas reclamo, pois várias pessoas estavam e estão ao nosso lado com bondade nessa luta.
Meu pai não se conforma por ter problemas sérios de saúde hoje em dia e por não ter a perna. Se entregou, passa os dias dormindo, não fala e há muito, mas muito tempo não vejo meu pai sorrir. Isso me faz sentir fracassada, me faz pensar em desistir de tudo, fugir para qualquer lugar que não exista sofrimento.
Essa fraqueza diante aos fatos me fez perceber que meu pai não é um exemplo de vida, mas é alguém que eu ainda me orgulho e sempre vou me orgulhar. É a pessoa que mais admiro, é alguém que brigou com a morte, com preconceitos e com a luta diária em se conformar com a realidade.
Meu pai continua o mesmo para mim, o homem que mais admiro, que me orgulho. Mas dói vê-lo todos os dias deprimido, então os meus dias se tornaram dias de guerras com o sofrimento, com a conformação, com a luta, com a dor.
Pois depois de tanta história, não posso desistir nem desanimar, mas somente amar e fazer de todos os meus dias, dias felizes para meu pai.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Planos e o que mais mesmo?

7:38 da manhã, fito com os olhos o quarto inteiro para ver aonde o sol está em meu quarto, pequenos raios de claridade deixam tudo mais bonito por aqui.
- Bom dia, dia!
- Puts, aula hoje.
Lingüística e Literatura, uma das duas ou as duas vão ser meu mestrado, é importante, tudo bem, é só hoje e semana que vem tem mais.
Mestrado, mestrado, nossa, vai demorar pra isso, hein. Contando um ano perdido na universidade mais 4, mais 3 de mestrado, nossa, eu terei 28 ou 29 anos e parece que é tudo tão parado mas é o contrário, tudo ta correndo demais. Oras, eu quero me casar, poxa, com minha idade minha mãe já era casada... E eu aqui abraçada com um urso, epa, sai dai Pimpão, preciso levantar.
- Aonde está meu remédio, ah sim, aqui.
Escovo os dentes e volto para o quarto, o mundo parece imenso e esse mero quadrado chamado de 'meu mundo' ou quem sabe ''meu quarto'' é tão pequeno porém me desgasta mais que um mundo inteiro, o tédio me desgasta. Mas se estou entediada estou porque quero.
Sento na cama e os sonhos e planos do futuro vem novamente, realmente meus pensamentos querem me encher muito nesta manhã.
- Um dia eu quero ser mãe, mas ser mãe é complicado. Preciso estar bem financeiramente e psicologicamente para ter um filho. Além de tudo preciso de um homem para ter um filho, bom, aí a coisa complica.
Não que eu não goste de homens, na verdade eu gosto da espécie em si mas não gosto do que a vida em relacionamentos propõem, não admiro a forma que a vida deixa de ser social quando começa um namoro, sei lá.

As vezes acho que sou uma menina com sonhos de criança, é, bem isso. Sonhos muito altos que sabe Deus quando vou realizar e se vou. Então eu fico brincando de ser alguém, leio, interajo, converso e durmo. Minha vida é assim, é totalmente parada mas passa rápido, e como passa... E o tempo que me resta perco escrevendo, injusto para um corpo jovem cheio de energia que merece cansar. Mas foi essa forma que eu escolhi viver, não sei se foi por instinto, mas foi por uma tremenda vontade de... 'deixar estar'.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Luto


De praxe um dos símbolos do luto é a rosa negra. Opinei por flores claras para expressar que a morte pode ser clara e calma para quem faz a viagem. Acredito que o caminho nessa viagem é rodeado de flores assim ou algo que nenhum ser humano imaginou. Nada de preto, nem mais tanta tristeza.
Estou pensativa, desanimada, triste e sentindo um enorme vazio, um vácuo. Consolo algum tira esse vazio, alguém se foi para não voltar mais, então não importa quantos abraços as pessoas próximas ganhem, o vazio jamais vai ser preenchido.
Na última madrugada meu tio se foi, foi para aquela viagem que nunca mais volta, faleceu. Eu não era próxima do meu tio. Mas eu sabia que meu tio tava lá, mesmo com problemas de saúde lá estava, e que 'qualquer dia' eu iria fazer uma visita. Agora me arrependo amargamente por não ir pedir a benção do meu tio, ir vê-lo em vida. Eu deveria ser mais presente para com meus familiares. Errei com minha ausência e agora ficam essas saudades com gosto de tristeza e vai ser assim pra sempre, a saudade e a falta. Me sinto pequena diante a esse carinho, pois claro, existem pessoas que conviviam com meu tio, essas pessoas estão sofrendo muito e necessitam de força, preciso de fé para rezar o máximo que puder para Deus dar força para minha avó, minha tia, filhos e netos e irmãos do meu tio. Força pois perder alguém é difícil, principalmente quando se trata de uma pessoa com um coração gigante igual ao do meu tio. Ele fez uma boa caminhada nessa vida. Muitos tem boas lembranças do grande homem que meu tio foi. Ok, como dizem "depois que a pessoa morre as outras pessoas passam a achar quem faleceu uma pessoa sem erros", é, talvez sim. Mas de que adianta lembrar dos erros? Agora os momentos bons ficam na cabeça e no coração para jamais esquecer. Os bons momentos vão ficar guardados, as lembranças vão vir e os rostos vão ficar molhados com lágrimas cheias de saudade.
As lágrimas que agora rolam, a família que agora sofre. A família que precisa de força.
Estou colocando 'panos quentes' em cima do luto, da falta. Está tudo quase bem, tirando essa triste dor guardada.
Percebi com esse acontecimento fúnebre que a vida é curta, o tempo é curto e devemos plantar flores para colher o bem. E assim foi meu tio, plantou flores, colheu amor e carinho e agora já está deixando saudades.
As vezes confundo luto com sensacionalismo de morte, as vezes confundo luto com dor, luto com tristeza... Mas na verdade luto é apenas o vazio a sensação de que tem o mundo inteiro lá fora, mas falta alguém, alguém que não volta e como ninguém sabe do que é o "outro lado" fica a saudade e perguntas sem resposta.
O tempo é curto, e hoje, é, hoje após 20 anos de vida percebi que VIDA é só uma e dela temos que tirar o melhor e fazer o melhor, fazer o bem, querer o bem, viver o amor.
E como me expresso somente quando escrevo, cá está meu sentimento de perda, de saudade e até mesmo remorso por não ter sido mais próxima do meu tio.
Mas de que adianta me arrepender agora?
Ao mesmo tempo que fico pensando e me perguntando porque meu tio se foi, me orgulho dele, tento me espelhar, quero saber cultivar o amor assim.
A vida é só uma e realmente, a caminhada tem de ser bela, a vida é como cristal, não quebremos, aceito somente viver com paz e amor e peço fé e força para minha família.



É certo que haverá coisas que fujam da sua alçada
Vambora porque é longa a caminhada, mas a vitória, eu sei, será de goleada
Você vai ter que aprender, elas vão ter que aprender
A gente tem que aprender
Por isso, saúde e alegria
É o que peço pra nós, minha querida
Pros nossos filhos, amigos e irmãos
Fartura, paz, amor, respeito, fé e compaixão ♫

sábado, 23 de julho de 2011

Cantos

Escada, sala, mesa, cama, banheiro.
A submissão me fez assim, com o formato do medo, da tristeza e da solidão.
Cheguei a acostumar com a solidão, mas isso não quer dizer que eu seja feliz por não ter ninguém.
A solidão é igual a droga, vai tirando tudo e todos que se tem aos poucos e chega o momento em que a abstinência por pessoas vem pela falta de carinho. Então tudo machuca mas o maior medo que se tem é de machucar. Pessoas viram cristais delicados, fáceis de quebrar, e assim vem o medo de encostar nelas, com medo que a perfeição se quebre e que um abraço desfaça tudo.
Sentir o incômodo por chorar, por estar, querer, aparecer, viver, sorrir. E não ser dona de si, a alma padece e então parece que ninguém vai arrancar essa dor, pelo contrário, se alguém se aproximar o medo é maior ainda, pois a tristeza pode contagiar, desanimar.
O medo de molhar pessoas com lágrimas ou pesar outros corpos com abraços faz a vida se tornar "um canto", normalmente quem está de lado não é lembrado ou já foi esquecida. Que é meu caso.
Todos os dias me pergunto o que faço de errado para tirar todas as pessoas que gosto para longe de mim. Minha cabeça parece que vai estourar e que meus olhos vão secar de tantas lágrimas que caem, pois penso, penso, penso e nunca sei o motivo da solidão.
De uns tempos pra cá eu só sei o que é estar só e do restante da brilhante vida de nada mais sei.
Não sei o que é sorrir sem medo, viver sem culpa, abraçar sem incomodar.
Já fui uma bomba, estourava, fritava, fazia barulho e matava pessoas de rir, chorar ou por amor à vida em si.
E agora, o que aconteceu comigo?
Não me canso de perguntar qual meu erro e acabo atrapalhando à mim mesma, pois a mente está viva, pensante, mas agora o corpo dói com cansaço e frio. Cansaço de não fazer nada, e fazer nada cansa, causa tédio que causa enjôo, carência e raiva. Raiva de mim.
Essas perguntas me atrapalham, e todos os dias ao acordar fico aproximadamente uma hora pensando no que fazer, sonhando acordada em viver. Mas o máximo que faço é dar quatro passos até o banheiro, tomar um banho de mais uma hora pensando no que fazer, sentar em frente à tv com o notebook no colo vendo o que outras pessoas fazem em suas vidas. Enquanto a minha vida continua sendo apenas um peso no canto do sofá.
Isso me faz mortal, pois os bons nunca morrem, são inesquecíveis, imortais. E eu fui esquecida, eu morri para quase todas as pessoas, de pouco em pouco elas foram me tirando de suas vidas, assim me matando e hoje sou apenas um corpo com uma alma solitária tentando esticar os braços para sentir as mãos de alguém, qualquer alguém para mostrar-me o caminho para a felicidade, que eu sei que tive um dia.

sábado, 16 de julho de 2011

Amar e ser feliz, hoje e sempre!

Hoje eu acordei sufocada, com vontade de falar, conversar e com o imenso desejo de conquistar um abraço.
11 da manhã, a cama e eu. Os pensamentos que vieram pedindo para gritar tudo o que preciso dizer, falar, relatar, desabafar e sentir alguém me ouvir. Senti solidão, não acho isso legal, mas não é uma sensação que me destrói, já me acostumei a ser assim, porém me sentir só deixa minha garganta trancada, o coração apertado e a mente cheia de pensamentos que eu quero compartilhar.
Minha forma de gritar é escrever, escrever o máximo que puder, assim tira o tanto de amor que ta guardado que só assim expresso. E assim eu consigo ser feliz, estranho ser feliz com palavras, falando ou lendo assim, mas realmente o que faz as pessoas são elas. As palavras transmitem atitude, confiança, amor e ódio, elas que nos movem.
E nessa manhã os berros me fizeram levantar, abraçar minha mãe e vir até aqui dizer tudo o que quero contar para o mundo, um, dois, três...

Afinal quando a inspiração vem parece que é o último ar que nós temos.

Mas o que é inspiração? Bom, talvez sejam idéias ou quem sabe atrair o ar dos pulmões, mas de qualquer forma, sem um ou outro ninguém consegue viver, andam juntos, amam e vivem juntos, e assim como ainda existe um suspiro ainda existe esperança vital e enquanto existem pensamentos existe liberdade.
E ser livre é coisa séria, e não é sair correndo nu pela rua, ser livre é estar com a mente em paz, com o coração cheio mas limpo, com a consciencia tranquila, ser livre é aprender a encarar os medos ou acostumar-se com eles.
É saber viver, ser feliz, amar, e também ter ódio.Pois dentre tantos sentimentos o ódio é o mais sério, ódio precisa de moderação e limites. Para matar o ódio é só o amor e mais nada, como todos sabem, o bem derruba o mal.
Pois entre todas as faces e sensações, o que ninguém gosta de ver é o que seu lado mal pode fazer. 
E para tudo, só o amor para superar ou melhorar, mas sobretudo, é só o amor que salva e faz viver.

Hoje eu quero conversar e rir, cansei de falar de amor e hoje, 16/07/2011 eu quero só amar e só ser feliz.
Hoje, e sempre!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Apenas um sofredor

A lembrança se esvai, com a quantidade certa de mágoa e saudades. Assim nunca mais volta.
E tardes viram horas lentas, noites com plena escuridão e tudo se destrói, até o passado.
E nada mais volta, nem a dor de ontem, nem da semana passada, tudo passa assim como as lágrimas do travesseiro que secam, assim como o coração seca. Vivo continua somente o sangue que ainda corre.
E sem perguntar a vida manda continuar mesmo que a alma padeça e nunca se sabe se um dia voltará a ser quem foi, só percebe-se que dói, machuca, vai e nunca mais volta até o instante presente.
Então vem o desejo da morte como se nada mais tivesse sentido, e realmente nada mais tem sentido pois a esperança se vai junto com a falta que dia após dia tenta estrangular a saudade e de nada adianta, ela parece ser mais forte que a morte.
Como se o corpo não existisse mais, mas o amor está lá, intacto, esperando o que não tem.
Masoquista, ele sofre, ele quer mais.
Inimigo da esperança, não chora. Tonto, louco, insiste e é um apenas um coitado.
Insiste e nada vem.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Meus medos

Nos últimos tempos estou um tanto sozinha e distânte dos meus amigos, isso não está me afetando muito, a solidão bate só as vezes, pois sempre vem aquele pensamento melancólico "de que adianta estar próxima a todos, se logo todos vão embora?". Bom, mais ou menos assim, realmente amigos se afastam, mas não vão embora... Acredito que tenho um pensamento de solidão comigo, - talvez por ser filha única, de me habituar e me acostumar por estar sempre só.
Eu gosto de ser assim, bom, na verdade eu sei que assim eu não me machuco, me sinto com uma "casca" totalmente intocável e com ela ninguém me machuca ou nem mesmo sinto a dor de alguém que gosto ir embora.
Sendo sincera para eu mesma agora, eu não tenho medo que me humilhem, xinguem... Mas ah meus amigos, se alguém deseja me machucar basta ir embora, se ausentar, me esquecer. Acredito que eu poderia apanhar até não aguentar mais ou ouvir tudo o que existe de ruim, mas o que realmente me quebra em mil pedaços é perceber que pessoas se afastam ou mudam de vida e vão para longe de mim.
Dentre todas as palavras que conheço a mais triste é "adeus", muitas vezes acho injusto as pessoas continuarem suas vidas sem sequer me dar um abraço de despedida.
Não parece, mas me apego demais, não parece, mas eu amo demais, e amo de verdade com todas as minhas forças.
E nessa vida eu tenho apenas dois medos, um deles é que as pessoas que eu gosto sofram e o outro é perde-las.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Dizem que na hora da morte as pessoas lembram de todos os momentos, mentira, somente os bons momentos são lembrados.

Existem pessoas que dizem ser infelizes, mas de tristeza ninguém se vive, dizem que não mas o desgosto pela vida tira os pés daqui.
Pois o mundo é tão imenso que parar para pensar nisso me faz lembrar o que um amigo disse esses dias:
"Isso tudo é tão grande! O que será que somos? 'Se marca' somos apenas brinquedos".
Na hora achei diferente, incontestável. Pensamentos de tal frase me perseguiram que me fez relatar aqui. Tudo é tão gigante vindo do homem e nascendo no universo. Tudo é tão... Tudo.
'Se marca' somos brinquedos, bonecos e lindas histórias, é, somos histórias, momentos, fases, horas, minutos...
Nós somos o tempo, cada coração é um relógio batendo como um ponteiro contando os momentos, os desejos e quando desperta é amor, é ódio, e as vezes o coração que aqui chamo de ''relógio'' para.
Em frente a separações o coração e a mente param e lembram do mais bonito que aconteceu naquele lugar, naquela data, com aquela pessoa. As vezes não é bom lembrar quando o relógio de outra pessoa para e o nosso não, então o coração vira um despertador neurótico, batendo e fazendo todo o barulho pela boca aos bérros ao chorar. E então do rosto saem as lágrimas e o coração acelera por medo, ódio, amor e até mesmo por desamor.
E a morte é tão imprevisível quanto perder alguém ou algum bem. Para morrer basta estar vivo, e para continuar vivendo basta lembrar que existem motivos para acreditar e para acreditar basta lembrar e relembrar. E quem consegue esquecer o que é inesquecível?
Fenômenos naturais acabam com vidas, casas... Mas existe alguém que tem a capacidade de odiar a água, o fogo, o ar? Somos todos dependentes, 'se marca' apenas brinquedos nessa imensidão a qual temos donos, que são os fenômenos naturais. Somos bonecos nessa perfeição chamada universo.
Não somos ninguém perante a natureza e todos iguais perante uns aos outros, do verme até o homem. Todos sabemos que chegamos ao mundo para sofrer e viver, não aceitar é bobeira pois esta eis a verdade da vida.
Viemos ao mundo para sofrer e viver. E antes de morrer, do que lembrar? Bom já perdi amigos que o destino tirou do meu lado e volta e meia me pego lembrando dos bons momentos, e o aparentemente estranho é tão normal, a tristeza é esquecida se existiu sentimento.
E mesmo com pouca idade sei que não existe quem diga que nunca foi feliz, e não existe quem não tenha bons momentos para lembrar no meio da história, ou quando o livro se fecha.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

E o erro é a primeira tragada e o primeiro copo.

E a vontade em querer mais aumenta, aumenta e chega um momento que não é possível ser dona de si. A bebida comanda, fala mais alto, e a procura pela boa sensação das primeiras vezes se torna frequente e é tudo  em vão.
As doses vão aumentando, os entorpecentes também, e quando cai em si, não existe aquela agitação, mas sim um costume, um vício. E para esquecer que errou ao beber, é a bebida que se torna o consolo.
O resumo da vida se torna uma mesa de bar, uma festa e nenhum conteúdo, apenas a dor de cabeça e as brigas e conversas sem sentido entre pessoas bêbadas. E nunca se sabe o que é verdade e o que não é. A única certeza sobre as companhias de bebedeiras é que elas são vazias, ou  melhor, a vida se torna vazia quando é dependente de algo, não exatamente as pessoas mas também o próprio dependente. 
Dependente, estranho dizer essa palavra, mas cair na real vale a pena. Abrir os olhos vale a pena. 
Acabar com uma garrafa de vodka é difícil, é forte, amarga. Mas para uma garrafa de vodka acabar com uma vida, um ciclo familiar, é muito fácil.
Muitas vezes pessoas com essa dependência pensam que conseguem dominar a vontade de se entorpecer, pelo contrário, quando menos imagina novamente está lá, o copo, a mesa e o álcool. E isso para ficar feliz, mas tudo traás consequência, nem que seja uma pequena dor de cabeça, mas trás.


Libertar-se de vícios é uma luta consigo mesmo, dia após dia, procurando um auto controle. Não é fácil, mas perceber que a vida é muito bonita sem precisar ver tudo girando é mais vivo, real.


Não sou contra drogas, acredito que cada um sabe o que faz e cada pessoa sabe o quanto pode se prejudicar, cada um sabe seu limite e cada pessoa sabe o que é certo e o que é errado. E se entregar a vícios eu nem preciso dizer que não é bom e faz mal para o corpo, a mente e o convívio na sociedade. Cada um sabe o que faz, e existem os caminhos, o certo e o errado, os espinhos e as rosas, cabe a si escolher o que realmente vai trazer felicidade.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Amar, somente amar...

Coração não é tão simples quanto pensa, nele cabe o que não cabe na despensa.

O amor é tão grande e eu sou tão sozinha.
Me peguei pensando nessa frase muitas vezes, me questionando por que não vivo o tal amor.
Mas eu sei que eu amo, e amo muito. Meu coração parece que ta mais lotado que onibus articulado em horário de caos, tanta gente que tem aqui dentro, pessoas que me fazem chorar, me fazem rir e até mesmo e mais estranho, pessoas que eu nunca vi sequer.
´Pois apesar dessa postura de pessoa 'má' minha alma transborda amor.
E acho estranho que coração é um orgão tão importante no corpo e é incrivel que o amor, a paixão, tristeza e sofrimento refletem nele, o meu ta cheio de band-aid por isso, inclusive.
O coração é tão singular que grita se a tristeza ataca, pula se a paixão aparece, aperta quando o sofrimento vem e sorri quando encontra o amor. Então me pergunto
 - Eu já vi um coração sorrir, gritar ou apertar?
Não, nunca mas imagino as vezes, pois já senti esse coração falar tantas coisas e apertar de ódio e arder de amor. E me orgulho de tudo isso, consegui erguer a cabeça com o coração rasgado, apertado e sorrindo.
Coração traquino, espuleta, louco, bobão e solidário.
Quando eu era criança assistia o desenho "Ursinhos carinhosos", e o vilão era o "Coração gelado", os ursinhos eram do bem e o Coração gelado me dava medo, haha.
E pensando hoje, corações gelados existem e esses corações são maus até encontrar outro coração o aqueça. Isso faz o sentimento existir mesmo que seja neutro, mas alivia a dor que é sentir ódio aprendendo a amar.
No desenho dos Ursinhos carinhosos sempre o bem vencia. E na vida real também! O amor sempre vence qualquer batalha, mesmo que o mau tente separar o amor une todos os bons como se a paz fosse uma corrente, família, amizade e váriados relacionamentos.

Mas o amor, o amor...
É tão bonito, tão grande e eu, sozinha... E pensar que um coração lotado assim não tem afago nenhum, só o meu próprio, pois aprendi que não adianta procurar amigos que me amem, nem obrigar minha familia a me amar e tampouco procurar uma pessoa para namorar, sei lá.
Com a solidão aprendi a ter paciência e não ter esperanças. Mas o amor que eu sinto por pessoas me basta, com um enorme e triste vazio, mas ter a capacidade de amar é muito bonita, somente saber amar sem esperar outro sentimento em troca.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Presa em um labirinto emocional

Fico pensando por qual motivo tenho esse blog, até não queria escrever mais aqui, mas meu Recanto das Letras está abandonado e faz meses que não escrevo um soneto sequer. Aqui escrevo da forma que eu quero, relatando meus fatos do meu jeito igual uma boba, mas isso me faz desabafar, pois normalmente não sei desabafar com pessoas, acho que sou chata quando falo de mim para outrem.
Estou há mais de uma semana sem escrever, motivo?
- Falta de paz.
Quando não estou em paz comigo mesma não sei escrever.
E eu não sei aonde está meu ponto de paz, tampouco tento encontra-lo. E nessa luta entre a paz e a angustia o sentimento triste venceu e acabei esquecendo da minha busca ao ponto de equilíbrio, e isso me fez piorar.
As vezes o ódio toma conta e aquela "dor na alma" também. Me sinto perdida, pensando aonde é o meu lugar, e no que seria minha felicidade. E tem aquela frase "a felicidade está dentro de você". Mas como vou saber, se a tristeza faz tudo que está em minhas vistas ficar 'cinza'?
Tenho passado por dias tristes, e isso não me trás inspiração.

Eu só quero me reencontrar, me entender e conseguir me amar. Mas para esse tipo de tristeza não existe remédio, então me vejo em um labirinto, sem saber a saída para encontrar o caminho para a verdadeira felicidade.
Estou perdida, presa em um "labirinto" da minha própria alma.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

E o que achei que nunca ia passar...

Minguar, aos poucos e o que achei que nunca ia passar, foi esvaziando como um conta-gotas, de pouco em pouco foi esgotando e acabando toda a essência que um dia achei infinita.
E como doeu que muitas vezes cheguei a crer que tudo estava vivo, mais vivo que eu. Eu nem sabia mais o que era "eu", achei que só existia o "nós". Não acreditei que ia sair viva dessa história nem com a alma limpa de toda a tristeza que se passou, achei que ia levar tudo comigo, que um "lindo" passado estaria sempre ao meu lado, que pelo qual eu viveria só por ele. Achei que o mundo era só outrem, com o nome escrito em cima do meu, com minha história baseada em outra história, que não é minha.
Quando me dei conta do que acontecera, pensei que a morte doeria menos, me martirizando pelo que nunca ocorreu, joguei em cima de mim os erros que nunca foram meus.
Passei madrugadas e madrugadas escrevendo cartas para quem nunca iria ler, passei madrugadas me humilhando e acreditando que o que eu procurava era o que me faria feliz.
Nunca parei pra pensar que o que me prendia em um passado triste era algo muito ruim. E eu acreditava que era um passado lindo, mas nunca pensava nos detalhes tristes de cada momento. Na perda eu achei que o passado era o mais perfeito, pois, acreditei que após perder alguém que eu achava que amava, achei que ninguém ia curar essa dor.
Eu sempre achei que eu dependia de alguém que construísse minha felicidade, como se ela fosse um ''muro'', feito com tijolos infelizes e com uma tinta linda para manter as aparências, só que eu nunca imaginei que um dia eu ia conseguir derrubar esse muro, sozinha.
Não entendo porque sempre acreditei que eu não conseguiria ser feliz com eu e mais ninguém, parece que fui por muito tempo ou uma vida inteira uma pessoa dependente de outras pessoas, até perceber que pessoas são fundamentais, mas não para construir a minha felicidade.
Parece uma coisa idiota, mas conseguir ser feliz só não é nada fácil. Na verdade entender que está só e continuar é muito difícil. No começo é estranho, diferente, cru.
Algumas coisas perdem o gosto, outras a cor.
E com o tempo sem querer eu comecei a somente viver, sem procurar um passado, nem cartas, fotografias... Com o passar do tempo fui jogando aquelas fotos, presentes e costumes fora.
Tendo somente fotos de um presente meu com costumes só meus. E tudo começou a ter outro gosto, com cores mais radiantes e mais nada nem ninguém me fazendo viver, muito menos me fazendo perder a vontade de viver.
Foi estranho cair em mim e perceber que sem luta nem pressa aprendi um gosto pela vida que só eu sou capaz de me fornecer e quando me vi de cabeça erguida pareceu que foi ''renascer'', mas na verdade, eu só aprendi a crescer.
 E entendi que o amor é sempre tão bonito, quando é verdadeiro.
Como diria Renato Russo...

Renato Russo pergunta ao publico:
-Alguém aí já sofreu por amor?
Público grita.
Renato Russo: Isso tudo já se apaixonou de verdade?
Público grita.
Renato Russo: Eu sempre faço essa pergunta porque eu não acredito nisso. Eu cheguei à conclusão que se o amor é verdadeiro, não existe sofrimento.


E tantas pessoas dizem que para curar um amor é só encontrar outro amor. Mas se na realidade, um amor não existe para ser curado, nem outro para servir de curativo. O que é capaz de curar um amor platônico é só o amor próprio, e se foi platônico, para mim não foi amor. 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O mal do século é a solidão, e o medo dela.

Percebi que tenho muito medo da solidão. As vezes me pergunto se sempre vou ter as pessoas que tenho ao lado e muitas vezes me pergunto se realmente eu tenho essas pessoas.

Por muito tempo achei que tinha várias pessoas comigo, cheguei até mesmo a acreditar que algumas pessoas fora do meu ciclo familiar me amavam. Mas amor é muito diferente de admiração ou qualquer outro tipo de carinho ou paixão aparente com amor.
Já achei que a solidão era o contrário da sensação do amor, estive completamente errada.
Nenhum amor verdadeiro deixa solidão ou sofrimento, quando é verdadeiro deixa tudo de melhor que se viveu, as lembranças e as saudades, não uma dor ou a própria solidão por sentir falta de alguém por perto.
Me peguei pensando no quanto sofri com relacionamentos passados, acabei percebendo que tive falsas lembranças recheadas por mentiras por muito tempo.
Quando o amor é real todas as mentiras são verdadeiras.
Percebi que fui enganada e que também enganei e me enganei.
Sinto muito medo de ser uma pessoa sozinha, porém sinto muito medo de viver outras mentiras. E um ditado diz "Antes só do que mal acompanhado", acho que já diz tudo, antes só do que sobreviver a várias mentiras como se cada uma delas fossem um "troféu" por conseguir sobreviver a cada paixão e estar bem. Sofrer não é mérito, mérito é o que aprendemos com o sofrimento.

Não sou a favor do desapego, aliás, acho o desapego ridículo pois muitas pessoas dizem que o praticam mas na verdade não apenas pessoas solitárias tentando apagar a solidão com o "desapego" que sai somente bela boca, mas que o coração está triste e gelado, ansioso para que alguém o aqueça.
O desapego é só uma palavra, nada mais que isso. Ninguém quer se ver livre de ter outras pessoas ao lado, afinal ninguém gosta de solidão. Desapego é apenas uma palavra que algumas pessoas usam apenas para esquecer o medo de estar só.

Tenho muito mas muito medo da solidão, e sei que enquanto eu tivér boas pessoas ao meu lado nunca vou sofrer desse mal. Afinal, como disse meu ídolo Renato Russo "digam o que disserem o mal do século é a solidão".
As pessoas de hoje em dia estão distantes pelo próprio medo de ficarem sozinhas, e usam a pior forma para isso, usando vários entorpecentes e beijando o mundo inteiro sem nenhuma atenção ou preocupação. Não vejo qual o motivo de ficar por ficar, acho que isso não tem nenhum fundamento, de nada adianta ter um beijo em alguns momentos e depois perceber que a solidão continua.
Acho isso errado e a pior mentira que é mentir pra si mesmo.
Mentir é fácil demais, mas todos sabem de suas realidades e isso faz perceber de que nenhuma forma de "fuga" faz alguma diferença boa na vida.

Sinto medo da solidão, aquele medo de que amigos irem embora um dia (e infelizmente isso é uma realidade), por isso aprendi a viver cada minuto como se fosse o útimo com todas as pessoas em minha volta. Amigos vão embora, mas boas lembranças ficam.


Pois o presente é agora e eu aprendi a viver de forma intensa o já!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Tristeza não me trás inspiração.

"E tristeza trás inspiração"
Não no meu caso, fico calada, saio do meu normal de menina agitada, animada, sorridente. Bom, talvez esse seja meu normal apenas fora de casa.
Todos os dias ao acordar necessito pagar por erros que não fui eu quem cometeu e ficar calada muitas vezes pois não será com xingamentos que vou limpar um passado que também não é meu.
As vezes me deparar com as paredes da minha casa é estranho, sinto que se for para ser feliz não é aqui, e ao mesmo momento sinto que aqui é o lugar que posso conseguir aprender a ser forte. Afinal foi aqui que aprendi a perdoar erros imperdoáveis e a esquecer do passado dia após dia, isso é quase impossível, mas quando se trata de amor, eu digo MUITO AMOR é possível esquecer qualquer sofrimento.
Tenho certeza que a vida foi grata comigo, mas isso não consegue esconder em meio à minha tristeza que eu caminhei muito por caminhos com pedras, entre lágrimas e sorrisos, mas com muitas pedras e espinhos.
Desde criança não sei o que é ter uma familia normal, é estranho viver o que vivi e ter a coragem que eu tive para conhecer uma realidade tão insípida. Não é ingraditão da minha parte, é que as vezes viver dói e olhar para os lados também. Na verdade todos os dias agradeço por estar aqui e ter quem eu tenho, mas agradecer não quer dizer que eu gosto de viver assim, mas também não posso reclamar de nada. 
Não gosto de lembrar de um bom passado justamente porque não volta, mas confesso que escondo uma fotografia em meio às minhas coisas para tentar voltar alguns segundos no passado, isso me faz pensar que sou um mero erro. Na fotografia estou no colo do meu pai com minha mãe ao lado, os três sorrindo, e hoje eu não sei o que é isso.
Em 2007 meu pai tentou suicidio, o que o fez ficar deficiente e com uma depressão terrível que sem querer em dias como esse, chega até mesmo em mim. Desde então nunca mais o vi sorrir de verdade. E isso me abala de uma forma inexplicável. As vezes acho que a culpada de tudo isso fui eu, as vezes ou todos os dias, tenho ódio de mim e ao mesmo tempo pena.
Trago em meio à traumas verdades intrincadas que são apenas verdades. 
Tenho pesadelos, maus momentos, tristes histórias e verdadeiras saudades que eu julgo em corpo, salmoura em cortes profundos, mas normalmente dói um pouco mais, mas por costume ou puro masoquismo eu aceito e tento pensar, entender e compreender tudo o que se passa. É difícil tentar entender o que eu nem sei e tão pouco vi, porém, de fato algo faz pular o passado em meu rosto, gritando em meus ouvidos coisas que não consigo decifrar, bons ou maus momentos, de qualquer forma trouxeram um trauma ou uma triste saudade.
Com tudo o que vivi aprendi a dar valor para qualquer palavra e todas as pessoas que aparecem na minha vida, as vezes percebo que boas pessoas me fazem esquecer e frases positivas me fazem renascer aos poucos.
E desde que aceitei a história que me foi concebida aprendi a somente... Aceitar sem costestar, nem brigar com todos ao meu redor nem ficar de mal comigo mesma e com o mundo. 
As vezes acho que minha função nessa vida foi apenas trazer mais tristeza para quem eu gosto, assim como me foi dito. 
Mas as vezes acho que não nasci para ter função alguma com ninguém, mas sim, somente viver da forma que eu quisér, sem me esforçar para levar felicidade nem me trancar em qualquer canto escuro para ter sossego e chorar o tanto que quisér, tenho uma idéia de liberdade as vezes, não sei se isso é certo, mas alguns pensamentos me dizem que eu tenho uma vida só minha que tem meu nome na alma, que eu faço o que quisér com presente e futuro, que eu posso cuidar só de mim.
Não que eu seja uma adolescente rebelde por pensar assim, talvez não. É a sensação de que existe uma forma de esquecer tudo o que me prejudicou desde bebê e escolher novas formas de ser feliz. Com familia, mas da forma que eu levo, esquecendo, esquecendo, assim dói menos ou quase nada. É a sensação de que eu vim ao mundo não somente para fazer outras pessoas felizes, mas ser feliz também, é uma idéia de que existe um 'eu' na minha história.
Mas o que seria uma história, se ainda nem comecei a minha, só minha?

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Me disséram que todos os começos são felizes e todos os finais são tristes.

Realmente não sei o que é um final, nunca vivenciei um. Eu nunca quis finalizar nada, e conheci pessoas que nunca tivéram coragem de finalizar. Existe uma diferença entre o querer e o medo.
O medo torna as pessoas mais humanas, mais pessoas, simplismente. A coragem exige mais que isso,talvez exija a coragem de um animal, afinal, eles tem sentimento pela vida toda, a maioiria deles nunca abandonam. Um tigre nunca deixa sua tigresa, é a única para a vida toda, no mundo de homens e mulheres não é assim, é mais triste, deprimente de se ver e triste de viver.
Hoje e sempre o valor foi pequeno, as pessoas nunca soubéram amar somente uma pessoa por toda uma vida, eu chamo isso de fraqueza, ser movido pela carne, não pelo que existiu de mais belo um dia em vossas almas, que é o carinho e o amor pleno sonhado tantas vezes na infância, enfim, as pessoas crescem e o amor não se torna mais tão importante.
As pessoas mudam, seus costumes também, e se tornar homem ou mulher é entregar-se de corpo e alma, sim eu disse ALMA, o sentimento, o amor que hoje para poucos existe e raras são as pessoas que dão valor e felizes são as pessoas que alcançam essa dadiva.
Entregar-se a outrem somente à corpo é nojeira.
E como já diria Chorão (Charlie B. Jr) "O sexo é bom, amor melhor os dois então perfeito".
E hoje em dia o mundo é sexo e para várias pessoas sexo é valor, qual seria o valor se não existe amor? Ainda não sei me responder.
Hoje o banal é valor, e o que não se leva é bom?
Enquanto não se conhece o amor é insert, e depois que o conhece é desvalorizado.
Não entendo o que é usar o corpo, se o real valor está além disso, para mim sexo é uma forma de demonstrar sentimento, é uma forma de confiança, e de que adianta entregar-se se ninguém sabe o dia de amanhã?
Eu nunca soube o que é um final, uma despedida, um nunca mais. Até sei, o que é um "nunca mais", mas a covardia normalmente impede as pessoas de dizer adeus. Não digo com relação à corpos, somente corpos, não... Tudo e todos que se foram da minha vida e talvez eu nunca mais veja, pelo seguinte motivo, o medo.
Hoje em dia eu tenho medo de ver algumas pessoas também, talvez elas me causem repulsa no olhar nos olhos, e eu olho nos olhos, eu acredito nisso, não sei se um olhar vale mais que mil palavras, mas sei que nos olhos está toda a sinceridade que a boca esconde.

De nada valem os começos e os finais se nunca sabemos o que começamos, e não valem os finais muitas vezes movidos pelo medo e também se nunca sabemos quando ou o que vai ser o fim, se o futuro prega peças. Gosto do passado, mas não o quero no futuro, mas minha viagem tem curvas e eu não posso fazer nada, apenas me esquivar, por medo, afinal, eu também sou humana.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Amizade.

Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

William Skakespeare.


No ultimo final de semana fui em um show, o qual encontrei com vários amigos de alguns anos atrás, as pessoas ao meu redor eram as mesmas, falavam as mesmas coisas e tinham o absoluto e incontestável carinho por mim como sempre foi.
No dia seguinte resolvi procurar fotos e ver se realmente o valor de algumas pessoas era o mesmo para mim e acabei percebendo que não eram apenas algumas pessoas, mas sim, muitas.
A vida realmente é uma viagem, me imagino em um trem, passando rapidamente por várias paisagens que vou chamar de pessoas, e em algumas estações eu paro, as vejo, conheço, tendo logo doces e sonhados reencontros, ou tristes despedidas.
As despedidas sempre são os piores momentos, seja o tchau, seja a distância, seja o ódio, as brigas, de inúmeras formas que as despedidas falam, sempre deixam um vazio, ou uma parte vaga cheia de algum sentimentos com gosto de nada, e então os dias passam, o tempo corre como se estivéssemos dentro de um trem e esse sentimento com gosto de nada reflete de uma forma dolorosa que costumamos chamar de saudade.
Saudades brotam também através das lembranças. Mas o tempo é curto e não importa qual seja a vontade de rever, as vezes é impossível.
É difícil admitir, mas as pessoas mudam, crescem, os costumes mudam e consequentemente, os rostos também. As vontades também, os jeitos, as palavras e os sentimentos também. Após cada viagem que a vida da, a gente muda, as cores da paisagem mudam e principalmente as paisagens mudam. Mas nenhuma paisagem perde a beleza diante do esplendor dos primeiros raios do sol nem diante à toda beleza das estrelas.
E foram tantas as belezas que encontrei, e que estão ao meu lado nessa viagem, algumas se ausentaram, outras mesmo longe nunca sairam do meu lado. Então me pergunto...
Por onde andei? Para conseguir não ter mágoa de ninguém que entrou na minha vida, para chorar por ter um passado lindo com amizades perfeitas, querendo voltar em pelo menos um dia do passado, para viver um pouquinho daquelas risadas. E eu ainda tenho só vinte anos, as saudades dessa pequena vida já apertam, então, como será no futuro, será que o amor e o carinho vão continuar intocáveis?
As pessoas mudam, eu mudei, mas o que eu senti um dia que foi, nunca vai mudar e vai continuar tudo lindo como sempre foi.
Digo com tanta certeza pois desde criança escuto minha mãe contar a história da infância e juventude dela, ao falar sempre percebo uma empolgação nela ao contar as histórias, os risos e as lágrimas pelos amigos que já foram para a outra viagem, a qual, ninguém sabe o destino ou a resposta.
Infelizmente já sei como são essas lágrimas, pois já perdi alguns amigos, porém todas as vezes que lembro ou relato os momentos, parece que tudo está tão vivo, parece que tudo o que era necessário para com os amigos que perdi ainda está intocável, vivo, claro. Pois o que sustenta o amor, é o próprio amor.

O valor das amizades, seja até mesmo coleguismo ou "parceria" existe e é mais real que imaginamos, não é difícil se for parar para pensar.

Sinto falta de coisas que perdi, do lugar onde eu nasci e do colégio que estudei, amigos vão sem se despedir... 

Descobri que amigo não é aquela pessoa que se fode por mim, nem quem me trata bem todos os momentos, nem quem ta comigo nos bons momentos.
Ser amiga exige mais, é aquela questão de encher o saco, xingar quando preciso, não me foder por causa de outra pessoa, mas fazer de tudo para que essa pessoa não erre, pois entre as coisas mais difíceis da vida, uma delas é ver quem amo sofrer.
Amigos nunca abandonam por vontade própria, a vida nos faz abandonar e de uma forma totalmente psicodélica nos faz mudar, mesmo que ninguém queira.
Mas como definir amizade? Se eu tivésse essa audácia, eu teria de fazer milhões de posts, contando história por história.
O que é inexplicável não se explica, certo?
Claro  ¬¬ HEHE!

Então amizade é isso, o bom dia, o abraço, o e-mail, a conversa, entre tudo o que faz lembrar que faz bem estar com alguém.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Nunca abandonar, apresentações.

Eu gosto de palavras, minha vida é escrever letras juntas umas das outras que formam um espetáculo lindo que me afaga. Eu amo escrever, mas isso não quer dizer que eu seja boa escritora, mas sou uma intensa amadora.
Tenho múltiplos sentimentos e sensações, normalmente sem perceber me pego pensando em algo para escrever mais tarde, porém nunca lembro, eu queria ter um micro chip guardado na minha mente e na minha alma para sempre poder expressar todos os meus momentos e sentimentos quando sento para escrever. Mas as sensações mudam, eu sou mutante e muitas vezes boas frases vão ao vento assim como a fumaça do meu cigarro.
Sou uma eterna apaixonada revoltada, isso é estranho, eu amo o que me revolta e me revolto com quem eu amo é meio recipocro.
Não, eu não me entendo, as vezes acho que sou bipolar, e sempre tenho certeza disso.
Na minha mente existem várias perguntas e debates, por sinal, será que não sou apenas uma adolescente que muda de opinião rapidamente? Será que ainda sou uma adolescente?
Bom, por um longo tempo eu queria ser uma criança para sempre, há alguns anos ser a "ovelha negra" da familia para mim era formidável. Hoje não.
Hoje para mim familia são pessoas próximas que sabem mais da minha vida, sabem me julgar muito bem por meus atos atuais e passados, porém nunca soubéram ou tentaram entender o que eu sinto, mas isso não me importa muito, talvez familia não me importe muito, não gosto de julgamentos e minha familia julga, ou quem sabe eu julgo minha familia ao falar isso, mas isso não importa, eu gosto da minha familia, são pessoas que lutaram muito na vida e são o que são hoje, por passar por muito sofrimento na vida.
Eu acho sofrimento interessante, nos faz crescer, é interessante ver que o mundo não é um mar de rosas nem nada bonito e confortável como pensamos um dia. O mundo é foda e a vida é foda pra caralho. Mas não existe quem diga que nunca foi feliz, todos fomos, a felicidade nasce antes de nós mesmos e a esperança morre depois, isso é muito interessante, com toda essa porra louca que é a vida conseguimos encontrar inúmeras formas para ser feliz, sem perceber.
O ser humano mesmo julgado fraco, é forte.
Já fui julgada de ambas as formas, fraca, forte, rebelde e muito mais, eu não me importava, as vezes hoje em dia eu me importo, mas prefiro guardar todos meus conceitos em meus pensamentos e em minhas escritas, gorfando tudo no papel ou na tela do computador, isso me acalma, me faz pensar, e ao ler novamente o que escrevo me faz perceber que sou idiota. Mas eu nunca disse que não sou, pelo contrário, acho que esse humor de rir de si mesmo é hilário, digo, humor, não xingar a si próprio.
Falei sobre familia e lembrei de amigos, o que me faz lembrar a frase de um desenho animado:
"Amigos quer dizer familia, e familia quer dizer nunca abandonar"
Nunca abandonar... essa é minha única qualidade. Não existem erros imperdoáveis quando se ama, gosta, sente. EU penso assim.
Estou pensando se alguém vai ler esse blog, eu acho que não, mas não quero publico, quero apenas botar para fora tudo o que está guardado em minha alma.
Essas foram apenas minhas apresentações,vou falar aqui sobre várias coisas do nosso cotidiano, vou falar bem e criticar todo o mundo quando necessário, pois não sou eu quem gira em torno dele, e a vida não é só o ego de Gianne Lorena.