quarta-feira, 22 de junho de 2011

Dizem que na hora da morte as pessoas lembram de todos os momentos, mentira, somente os bons momentos são lembrados.

Existem pessoas que dizem ser infelizes, mas de tristeza ninguém se vive, dizem que não mas o desgosto pela vida tira os pés daqui.
Pois o mundo é tão imenso que parar para pensar nisso me faz lembrar o que um amigo disse esses dias:
"Isso tudo é tão grande! O que será que somos? 'Se marca' somos apenas brinquedos".
Na hora achei diferente, incontestável. Pensamentos de tal frase me perseguiram que me fez relatar aqui. Tudo é tão gigante vindo do homem e nascendo no universo. Tudo é tão... Tudo.
'Se marca' somos brinquedos, bonecos e lindas histórias, é, somos histórias, momentos, fases, horas, minutos...
Nós somos o tempo, cada coração é um relógio batendo como um ponteiro contando os momentos, os desejos e quando desperta é amor, é ódio, e as vezes o coração que aqui chamo de ''relógio'' para.
Em frente a separações o coração e a mente param e lembram do mais bonito que aconteceu naquele lugar, naquela data, com aquela pessoa. As vezes não é bom lembrar quando o relógio de outra pessoa para e o nosso não, então o coração vira um despertador neurótico, batendo e fazendo todo o barulho pela boca aos bérros ao chorar. E então do rosto saem as lágrimas e o coração acelera por medo, ódio, amor e até mesmo por desamor.
E a morte é tão imprevisível quanto perder alguém ou algum bem. Para morrer basta estar vivo, e para continuar vivendo basta lembrar que existem motivos para acreditar e para acreditar basta lembrar e relembrar. E quem consegue esquecer o que é inesquecível?
Fenômenos naturais acabam com vidas, casas... Mas existe alguém que tem a capacidade de odiar a água, o fogo, o ar? Somos todos dependentes, 'se marca' apenas brinquedos nessa imensidão a qual temos donos, que são os fenômenos naturais. Somos bonecos nessa perfeição chamada universo.
Não somos ninguém perante a natureza e todos iguais perante uns aos outros, do verme até o homem. Todos sabemos que chegamos ao mundo para sofrer e viver, não aceitar é bobeira pois esta eis a verdade da vida.
Viemos ao mundo para sofrer e viver. E antes de morrer, do que lembrar? Bom já perdi amigos que o destino tirou do meu lado e volta e meia me pego lembrando dos bons momentos, e o aparentemente estranho é tão normal, a tristeza é esquecida se existiu sentimento.
E mesmo com pouca idade sei que não existe quem diga que nunca foi feliz, e não existe quem não tenha bons momentos para lembrar no meio da história, ou quando o livro se fecha.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

E o erro é a primeira tragada e o primeiro copo.

E a vontade em querer mais aumenta, aumenta e chega um momento que não é possível ser dona de si. A bebida comanda, fala mais alto, e a procura pela boa sensação das primeiras vezes se torna frequente e é tudo  em vão.
As doses vão aumentando, os entorpecentes também, e quando cai em si, não existe aquela agitação, mas sim um costume, um vício. E para esquecer que errou ao beber, é a bebida que se torna o consolo.
O resumo da vida se torna uma mesa de bar, uma festa e nenhum conteúdo, apenas a dor de cabeça e as brigas e conversas sem sentido entre pessoas bêbadas. E nunca se sabe o que é verdade e o que não é. A única certeza sobre as companhias de bebedeiras é que elas são vazias, ou  melhor, a vida se torna vazia quando é dependente de algo, não exatamente as pessoas mas também o próprio dependente. 
Dependente, estranho dizer essa palavra, mas cair na real vale a pena. Abrir os olhos vale a pena. 
Acabar com uma garrafa de vodka é difícil, é forte, amarga. Mas para uma garrafa de vodka acabar com uma vida, um ciclo familiar, é muito fácil.
Muitas vezes pessoas com essa dependência pensam que conseguem dominar a vontade de se entorpecer, pelo contrário, quando menos imagina novamente está lá, o copo, a mesa e o álcool. E isso para ficar feliz, mas tudo traás consequência, nem que seja uma pequena dor de cabeça, mas trás.


Libertar-se de vícios é uma luta consigo mesmo, dia após dia, procurando um auto controle. Não é fácil, mas perceber que a vida é muito bonita sem precisar ver tudo girando é mais vivo, real.


Não sou contra drogas, acredito que cada um sabe o que faz e cada pessoa sabe o quanto pode se prejudicar, cada um sabe seu limite e cada pessoa sabe o que é certo e o que é errado. E se entregar a vícios eu nem preciso dizer que não é bom e faz mal para o corpo, a mente e o convívio na sociedade. Cada um sabe o que faz, e existem os caminhos, o certo e o errado, os espinhos e as rosas, cabe a si escolher o que realmente vai trazer felicidade.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Amar, somente amar...

Coração não é tão simples quanto pensa, nele cabe o que não cabe na despensa.

O amor é tão grande e eu sou tão sozinha.
Me peguei pensando nessa frase muitas vezes, me questionando por que não vivo o tal amor.
Mas eu sei que eu amo, e amo muito. Meu coração parece que ta mais lotado que onibus articulado em horário de caos, tanta gente que tem aqui dentro, pessoas que me fazem chorar, me fazem rir e até mesmo e mais estranho, pessoas que eu nunca vi sequer.
´Pois apesar dessa postura de pessoa 'má' minha alma transborda amor.
E acho estranho que coração é um orgão tão importante no corpo e é incrivel que o amor, a paixão, tristeza e sofrimento refletem nele, o meu ta cheio de band-aid por isso, inclusive.
O coração é tão singular que grita se a tristeza ataca, pula se a paixão aparece, aperta quando o sofrimento vem e sorri quando encontra o amor. Então me pergunto
 - Eu já vi um coração sorrir, gritar ou apertar?
Não, nunca mas imagino as vezes, pois já senti esse coração falar tantas coisas e apertar de ódio e arder de amor. E me orgulho de tudo isso, consegui erguer a cabeça com o coração rasgado, apertado e sorrindo.
Coração traquino, espuleta, louco, bobão e solidário.
Quando eu era criança assistia o desenho "Ursinhos carinhosos", e o vilão era o "Coração gelado", os ursinhos eram do bem e o Coração gelado me dava medo, haha.
E pensando hoje, corações gelados existem e esses corações são maus até encontrar outro coração o aqueça. Isso faz o sentimento existir mesmo que seja neutro, mas alivia a dor que é sentir ódio aprendendo a amar.
No desenho dos Ursinhos carinhosos sempre o bem vencia. E na vida real também! O amor sempre vence qualquer batalha, mesmo que o mau tente separar o amor une todos os bons como se a paz fosse uma corrente, família, amizade e váriados relacionamentos.

Mas o amor, o amor...
É tão bonito, tão grande e eu, sozinha... E pensar que um coração lotado assim não tem afago nenhum, só o meu próprio, pois aprendi que não adianta procurar amigos que me amem, nem obrigar minha familia a me amar e tampouco procurar uma pessoa para namorar, sei lá.
Com a solidão aprendi a ter paciência e não ter esperanças. Mas o amor que eu sinto por pessoas me basta, com um enorme e triste vazio, mas ter a capacidade de amar é muito bonita, somente saber amar sem esperar outro sentimento em troca.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Presa em um labirinto emocional

Fico pensando por qual motivo tenho esse blog, até não queria escrever mais aqui, mas meu Recanto das Letras está abandonado e faz meses que não escrevo um soneto sequer. Aqui escrevo da forma que eu quero, relatando meus fatos do meu jeito igual uma boba, mas isso me faz desabafar, pois normalmente não sei desabafar com pessoas, acho que sou chata quando falo de mim para outrem.
Estou há mais de uma semana sem escrever, motivo?
- Falta de paz.
Quando não estou em paz comigo mesma não sei escrever.
E eu não sei aonde está meu ponto de paz, tampouco tento encontra-lo. E nessa luta entre a paz e a angustia o sentimento triste venceu e acabei esquecendo da minha busca ao ponto de equilíbrio, e isso me fez piorar.
As vezes o ódio toma conta e aquela "dor na alma" também. Me sinto perdida, pensando aonde é o meu lugar, e no que seria minha felicidade. E tem aquela frase "a felicidade está dentro de você". Mas como vou saber, se a tristeza faz tudo que está em minhas vistas ficar 'cinza'?
Tenho passado por dias tristes, e isso não me trás inspiração.

Eu só quero me reencontrar, me entender e conseguir me amar. Mas para esse tipo de tristeza não existe remédio, então me vejo em um labirinto, sem saber a saída para encontrar o caminho para a verdadeira felicidade.
Estou perdida, presa em um "labirinto" da minha própria alma.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

E o que achei que nunca ia passar...

Minguar, aos poucos e o que achei que nunca ia passar, foi esvaziando como um conta-gotas, de pouco em pouco foi esgotando e acabando toda a essência que um dia achei infinita.
E como doeu que muitas vezes cheguei a crer que tudo estava vivo, mais vivo que eu. Eu nem sabia mais o que era "eu", achei que só existia o "nós". Não acreditei que ia sair viva dessa história nem com a alma limpa de toda a tristeza que se passou, achei que ia levar tudo comigo, que um "lindo" passado estaria sempre ao meu lado, que pelo qual eu viveria só por ele. Achei que o mundo era só outrem, com o nome escrito em cima do meu, com minha história baseada em outra história, que não é minha.
Quando me dei conta do que acontecera, pensei que a morte doeria menos, me martirizando pelo que nunca ocorreu, joguei em cima de mim os erros que nunca foram meus.
Passei madrugadas e madrugadas escrevendo cartas para quem nunca iria ler, passei madrugadas me humilhando e acreditando que o que eu procurava era o que me faria feliz.
Nunca parei pra pensar que o que me prendia em um passado triste era algo muito ruim. E eu acreditava que era um passado lindo, mas nunca pensava nos detalhes tristes de cada momento. Na perda eu achei que o passado era o mais perfeito, pois, acreditei que após perder alguém que eu achava que amava, achei que ninguém ia curar essa dor.
Eu sempre achei que eu dependia de alguém que construísse minha felicidade, como se ela fosse um ''muro'', feito com tijolos infelizes e com uma tinta linda para manter as aparências, só que eu nunca imaginei que um dia eu ia conseguir derrubar esse muro, sozinha.
Não entendo porque sempre acreditei que eu não conseguiria ser feliz com eu e mais ninguém, parece que fui por muito tempo ou uma vida inteira uma pessoa dependente de outras pessoas, até perceber que pessoas são fundamentais, mas não para construir a minha felicidade.
Parece uma coisa idiota, mas conseguir ser feliz só não é nada fácil. Na verdade entender que está só e continuar é muito difícil. No começo é estranho, diferente, cru.
Algumas coisas perdem o gosto, outras a cor.
E com o tempo sem querer eu comecei a somente viver, sem procurar um passado, nem cartas, fotografias... Com o passar do tempo fui jogando aquelas fotos, presentes e costumes fora.
Tendo somente fotos de um presente meu com costumes só meus. E tudo começou a ter outro gosto, com cores mais radiantes e mais nada nem ninguém me fazendo viver, muito menos me fazendo perder a vontade de viver.
Foi estranho cair em mim e perceber que sem luta nem pressa aprendi um gosto pela vida que só eu sou capaz de me fornecer e quando me vi de cabeça erguida pareceu que foi ''renascer'', mas na verdade, eu só aprendi a crescer.
 E entendi que o amor é sempre tão bonito, quando é verdadeiro.
Como diria Renato Russo...

Renato Russo pergunta ao publico:
-Alguém aí já sofreu por amor?
Público grita.
Renato Russo: Isso tudo já se apaixonou de verdade?
Público grita.
Renato Russo: Eu sempre faço essa pergunta porque eu não acredito nisso. Eu cheguei à conclusão que se o amor é verdadeiro, não existe sofrimento.


E tantas pessoas dizem que para curar um amor é só encontrar outro amor. Mas se na realidade, um amor não existe para ser curado, nem outro para servir de curativo. O que é capaz de curar um amor platônico é só o amor próprio, e se foi platônico, para mim não foi amor.