quarta-feira, 13 de julho de 2011

Apenas um sofredor

A lembrança se esvai, com a quantidade certa de mágoa e saudades. Assim nunca mais volta.
E tardes viram horas lentas, noites com plena escuridão e tudo se destrói, até o passado.
E nada mais volta, nem a dor de ontem, nem da semana passada, tudo passa assim como as lágrimas do travesseiro que secam, assim como o coração seca. Vivo continua somente o sangue que ainda corre.
E sem perguntar a vida manda continuar mesmo que a alma padeça e nunca se sabe se um dia voltará a ser quem foi, só percebe-se que dói, machuca, vai e nunca mais volta até o instante presente.
Então vem o desejo da morte como se nada mais tivesse sentido, e realmente nada mais tem sentido pois a esperança se vai junto com a falta que dia após dia tenta estrangular a saudade e de nada adianta, ela parece ser mais forte que a morte.
Como se o corpo não existisse mais, mas o amor está lá, intacto, esperando o que não tem.
Masoquista, ele sofre, ele quer mais.
Inimigo da esperança, não chora. Tonto, louco, insiste e é um apenas um coitado.
Insiste e nada vem.

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